terça-feira, 13 de novembro de 2012

BIOGRAFIA DOS AUTORES BARROCO - Iuri Garcia, Leonardo Resende, Samuel Fischoeder

BENTO TEIXEIRA


Veio cedo para o Brasil; formou-se no Colégio da Bahia, onde foi professor de primeiras letras. Assassinou a mulher em 1594; fugindo à prisão, refugiou-se em Pernambuco, no convento dos beneditinos, em Olinda.
A redação de Prosopopéia aconteceu durante o isolamento no convento. Tudo indica que o motivo não era outro senão o de agradar os poderosos, principalmente Jorge de Albuquerque Coelho, donatário da Capitania de Pernambuco. 


PROSOPOPÉIA

POEMA ÉPICO – Poemeto épico, em 94 estâncias (o mesmo que estrofe) de oitava-rima (as estrofes de oito versos têm os dois últimos rimando entre si), em versos decassílabos (dez sílabas métricas), conforme ensinava Camões, em Os Lusíadas.
O livro conta os feitos históricos de Jorge de Albuquerque Coelho, governador de Pernambuco, a quem o autor pretendia agradar.
A imitação de Os Lusíadas é freqüente, desde a estrutura até as construções sintáticas. Isto tirou da obra o valor literário que, porventura, pudesse ter, ficando a fama histórica de ser o livro inaugurador do Barroco brasileiro.
Considerado o primeiro poema épico de nossa literatura.
Considerado poema laudatório (que contém louvor).
Personagens de Prosopopéia:
a) Proteu (narrador). Na mitologia grega, “Proteu” é deus marinho, capaz de se transformar em animais, em água e em fogo.
b) Jorge de Albuquerque (herói). 

GREGÓRIO DE MATOS

Gregório de Matos Guerra nasceu em Salvador, Bahia, em 7 de abril de 1636. Faleceu em Pernambuco, em 1696.
De família abastada, Gregório estudou com os jesuítas de Salvador. Em 1650, com 14 anos, embarcou para Portugal (Lisboa), aonde foi com o propósito de estudar Direito.
Matriculou-se na Universidade de Coimbra, onde se formou em julho de 1661 e passou a exercer a magistratura.
Interrompeu a carreira de juiz para voltar ao Brasil (por volta de 1680). Supõe-se que, nessa altura, já teria feito conhecer o seu talento de repentista e zombeteiro.



POESIA SATÍRICA – Apesar de ter exercido funções religiosas e de ter um irmão padre (Eusébio de Matos), Gregório não perdoa a Igreja Católica baiana: faz sátiras ferinas contra padres e freiras, chegando mesmo a usar palavrões em pleno século XVII.
E nos frades há manqueiras?… Freiras… E que ocupam os serões?… Sermões. Não se ocupam em disputas?… Putas. Com palavras dissolutas Me concluís, na verdade, Que as lidas todas de um frade São freiras, sermões e putas.
Veja o que disse o poeta sobre a Sé da Bahia, órgão central da Igreja Católica no Brasil:
A nossa Sé da Bahia, com ser um mapa de festas, é um presepe de bestas, se não for estrebaria.

ALEIJADINHO

Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa) nasceu em Vila Rica no ano de 1730 (não há registros oficiais sobre esta data). Era filho de uma escrava com um mestre-de-obras português. Iniciou sua vida artística ainda na infância, observando o trabalho de seu pai que também era entalhador.
Por volta de 40 anos de idade, começa a desenvolver uma doença degenerativa nas articulações. Não se sabe exatamente qual foi a doença, mas provavelmente pode ter sido hanseníase ou alguma doença reumática. Aos poucos, foi perdendo os movimentos dos pés e mãos. Pedia a um ajudante para amarrar as ferramentas em seus punhos para poder esculpir e entalhar. Demonstra um esforço fora do comum para continuar com sua arte. Mesmo com todas as limitações, continua trabalhando na construção de igrejas e altares nas cidades de Minas Gerais. 
Na fase anterior a doença, suas obras são marcadas pelo equilíbrio, harmonia e serenidade. São desta época a Igreja São Francisco de Assis,  Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões (as duas na cidade de Ouro Preto). 

obra de Aleijadinho 
 Profeta Daniel (pedra sabão), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos (Congonhas-MG)
 
Já com a doença, Aleijadinho começa a dar um tom mais expressionista às suas obras de arte. É deste período o conjunto de esculturas Os Passos da Paixão e Os Doze Profetas, da Igreja de Bom Jesus de Matosinhos, na cidade de Congonhas do Campo. O trabalho artístico formado por 66 imagens religiosas esculpidas em madeira e 12 feitas de pedra-sabão, é considerado um dos mais importantes e representativos do barroco brasileiro. 
obra de Aleijadinho 
Carregamento da Cruz  (escultura em madeira), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos (Congonhas-MG)

A obra de Aleijadinho

A obra de Aleijadinho mistura diversos estilos do barroco. Em suas esculturas estão presentes características do rococó e dos estilos clássico e gótico. Utilizou como material de suas obras de arte, principalmente a pedra-sabão, matéria-prima brasileira. A madeira também foi utilizada pelo artista.
Morreu pobre, doente e abandonado na cidade de Ouro Preto no ano de 1814 (ano provável). O conjunto de sua obra foi reconhecido como importante muitos anos depois. Atualmente, Aleijadinho é considerado o mais importante artista plástico do barroco mineiro.
Principais obras de Aleijadinho:
 
Talha
- Retábulo da capela-mor da Igreja de São Francisco em São João del-Rei
- Retábulo da Igreja de São Francisco de Assis em Ouro Preto
-  Retábulo da Igreja de Nossa Senhora do Carmo em Ouro Preto
Arquitetura
- Projetos de fachadas de duas igrejas (Igreja de São Francisco em São João del-Rei e Nossa Senhora do Carmo em Ouro Preto).
Escultura
- Conjunto de esculturas do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos (incluíndo as mais conhecidas: "Os Doze Profetas").


Referências:

http://www.suapesquisa.com/aleijadinho/

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