No barroco europeu as
cores, e jogo de luz e sombra são mais valorizados o que enfatiza o
contraste. A organização pictórica já não é tão centralizada
como a renascentista e é apresentada uma maior proposta de
movimento. Essas imagens contam as histórias mitológicas,
religiosas e humanistas, que geralmente são cenas do cotidiano da
nobreza e da burguesia.
Os artistas barrocos são
os maiores responsáveis pelas pinturas das igrejas, utilizando a
técnica da perspectiva o que dá um efeito de infinito dos céus.
Eles exploram as esculturas como forma de ornamentação das igrejas
transmitindo um efeito emotivo do espectador.
Os principais ícones do
barroco europeu são: os holandeses Rembrandt e Vermeer, o italiano
Caravaggio, os belgas Van Dyck e Frans Hals, e o flamengo Rubens o
espanhol Velásquez.
Por outro lado o barroco
brasileiro foi influenciado pelo barroco português, mas depois foi
adquirindo características próprias, formando a identidade do
barroco brasileiro.
O barroco brasileiro
iniciou-se em Minas Gerais, durante uma época de efervescência do
ouro nessa região (séc. VIII). Esse desenvolvimento favoreceu
intensamente a produção artística da região, onde artistas como
Antônio Francisco de Lisboa ou Aleijadinho, tiveram grande
importância nesse processo. Ele era escultor e utilizava pedra
sabão e madeira em suas obras e os temas eram religiosos.
Outros artistas que
contribuíram bastante para a disseminação do barroco brasileiro
foram: o pintor mineiro Manuel da Costa Ataíde e o escultor carioca
Mestre Valentim.
Na Literatura,
destacaram-se o poeta Gregório de Matos Guerra, também conhecido
como "Boca do Inferno", Pois ele utilizava muitas sátiras
em suas composições. Ele é considerado o mais importante
poeta barroco brasileiro. Outro importante representante da
Literatura Barroca foi o padre Antônio Vieira que ganhou destaque
com seus sermões.
BARROCO EUROPEU Suas
características gerais são:
*
Emocional sobre o racional; * Busca de efeitos decorativos e
visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas; *
Entrelaçamento entre a arquitetura e escultura; * Violentos
contrastes de luz e sombra; * E pintura com efeitos ilusionistas,
dando-nos às vezes a impressão de ver o céu, tal a aparência de
profundidade conseguida.
alhados trabalhos de escultura. Já
nas regiões onde não existia nem açúcar nem ouro, as igrejas
apresentam talhas modestas e os trabalhos foram realizados por
artistas menos experientes e famosos do que os que viviam nas regiões
mais ricas.
BARROCO BRASILEIRO
Suas
caracteristicas gerais são:
O
barroco brasileiro é claramente associado à religião católica.
Duas linhas diferentes caracterizam o estilo barroco brasileiro. Nas
regiões enriquecidas pelo comércio de açúcar e pela mineração,
encontramos igrejas com trabalhos em relevos feitos em madeira - as
talhas - recobertas por finas camadas de ouro, com janelas, cornijas
e portas decoradas com detalhados trabalhos de escultura. Já nas
regiões onde não existia nem açúcar nem ouro, as igrejas
apresentam talhas modestas e os trabalhos foram realizados por
artistas menos experientes e famosos do que os que viviam nas regiões
mais ricas.
BARROCO BRASILEIRO
Suas
caracteristicas gerais são:
O
barroco brasileiro é claramente associado à religião católica.
Duas linhas diferentes caracterizam o estilo barroco brasileiro. Nas
regiões enriquecidas pelo comércio de açúcar e pela mineração,
encontramos igrejas com trabalhos em relevos feitos em madeira - as
talhas - recobertas por finas camadas de ouro, com janelas, cornijas
e portas decoradas com detalhados trabalhos de escultura. Já nas
regiões onde não existia nem açúcar nem ouro, as igrejas
apresentam talhas modestas e os trabalhos foram realizados por
artistas menos experientes e famosos do que os que viviam nas regiões
mais ricas.
Imagens
da Arquitetura Barroca na Europa e no Brasil
Igreja Matriz Nossa
Senhora da Conceição, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil.
Barroco é o nome dado ao estilo artístico que floresceu entre o final do século XVI e meados do século XVIII, inicialmente na Itália, difundindo-se em seguida pelos países católicosprotestantesabsolutismo e àContra-Reforma, distingue-se pelo esplendor exuberante. De certo modo o Barroco foi uma continuação natural do Renascimento, porque ambos os movimentos compartilharam de um profundo interesse pela arte da Antiguidade da Europa e da América, antes de atingir, em uma forma modificada, as áreas
clássica, embora interpretando-a diferentemente, o que teria resultado
em diferenças na expressão artística de cada período. Enquanto no
Renascimento as qualidades de moderação, economia formal, austeridade,
equilíbrio e harmonia eram as mais buscadas, o tratamento barroco de
temas idênticos mostrava maior dinamismo, contrastes mais fortes, maior
dramaticidade, exuberância e realismo e uma tendência ao decorativo,
além de manifestar uma tensão entre o gosto pela materialidade opulenta
e as demandas de uma vida espiritual. Mas nem sempre essas
características são bem evidentes ou se apresentam todas ao mesmo
tempo. Houve uma grande variedade de abordagens estilísticas, que foram
englobadas sob a denominação genérica de "arte barroca", com certas
escolas mais próximas do classicismo renascentista e outras mais
afastadas dele, o que tem gerado muita polêmica e pouco consenso na
conceituação e caracterização do estilo. Para diversos pesquisadores o
Barroco constitui não apenas um estilo artístico, mas todo um período
histórico, todo um novo modo de entender o mundo, o homem e Deus. As
mudanças introduzidas pelo espírito barroco se originaram, pois, de um
grande respeito pela autoridade da tradição clássica, e de um desejo de
superá-la com a criação de obras originais, dentro de um contexto
social e cultural que já se havia modificado profundamente em relação
ao período anterior. e alguns pontos do Oriente.
Literatura no Cinema
Barroco
Aleijadinho - Paixão
Glória e Suplício – 2000 Gênero:
drama Ano: 2000 Duração:
100 minutos Elenco: Maurício Gonçalves,
Maria Ceiça, Carlos Vereza Sinopse:
Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, tomou-se artista famoso com
suas esculturas dos Profetas e igrejas inteiras de Ouro Preto e
outras cidades brasileiras durante o século XVIII, mas uma doença
misteriosa destruiu seus dedos, mãos, braços e tirou sua vida. A
história é narrada em forma de flash-back desde o nascimento,
infância, juventude, formação artística e cultural até a vida
apaixonada e gloriosa.
Gregório de
Matos – 2002 Gênero:
drama Ano: 2002 Duração:
70 minutos Elenco: Waly Salomão
(Gregório de Mattos), Marília Gabriela (Abadessa), Ruth
Escobar. Sinopse: Em pleno século XVII
surge na Bahia o poeta Gregório de Mattos, que com sua obra e vida
trágicas anuncia o perfil tenso e dividido do povo brasileiro. Com
sua produção literária o poeta cria situações desconfortáveis
aos poderosos da época, que passam a combatê-lo até transformar
sua vida em um verdadeiro inferno.
Palavra e utopia
– 2000 - Pe Antônio Vieira Em
1663, quando o Padre Antonio Vieira é convocado a comparecer diante
da terrível Inquisição portuguesa, ele precisa explicar as idéias
que defende ao questionar a escravidão, a situação dos índios e
as relações império-colônia. Intrigas na corte e um pequeno
mal-entendido enfraquecem o poder do jesuíta, que chegou a ser amigo
íntimo do rei Dom João IV. Perante os juízes, padre Vieira passa a
limpo seu passado: a juventude no Brasil e os anos de noviciado na
Bahia, seu envolvimento na causa dos índios e o primeiro sucesso no
púlpito. Este tributo de Manoel de Oliveira ao padre Antônio Vieira
não é uma cinebiografia, mas sim de um corajoso documento sobre a
palavra e sobre o pensar.
Sermões,
a história de Antônio Vieira
Narrativa
que mistura o figurativo e o histórico sobre a vida do padre jesuíta
Antônio Vieira, que nasceu em Lisboa em 1608 e foi assassinado na
Capitania Hereditária de Salvador, em 1697.
O
enredo é sobre seus famosos sermões. que não são apresentados
diretamente através de uma linguagem convencional, típica dos
filmes biográficos, mas num estudo experimental editado com
diversas cenas de clássicos do cinema universal dos anos 20 e 30.
A Corelli -1653/ 1713 A Scarlatti - 1660/ 1755 A Vivaldi -1678/ 1741 D Scarlatti- 1685/ 1757 Henry Purcell- 1659/1695 George Philipp Telemann - 1681/1767 J.S. Bach -1685/ 1750 J.F. Haendel - 1685/ 1759 Jean-Philippe Rameau - 1683/ 1764 José Antônio Carlos Seixas - 1704/ 1742
Arcângelo Corelli
Arcângelo Corelli nasceu no dia 17 de fevereiro de 1653 em Fusignano, cidade localizada entre Bolonha e Ravena. Descendia de uma das mais ricas e tradicionais famílias da região. Foi enviado muito cedo para Faenza onde recebeu educação básica e onde teria recebido as primeiras lições de música de um padre. Continuou os estudos em Lugo e, depois mudou-se para Bolonha, em 1666.
Em Bolonha o jovem Corelli se familiarizou com o violino e resolveu dedicar-se inteiramente a ele. Com Giovanni Benvenuti e Leonardo Brugnoli ele adquiriu os elementos essenciais da técnica violinística. Após quatro anos de estudos, Corelli foi admitido na Academia Filarmônica de Bolonha.
Em 1675, ele já estava em Roma.
Nesta época, os nobres de Roma rivalizavam-se em pompa ao patrocinar apresentações artísticas. Entre os grandes mecenas, destacava-se Cristina Alexandra, que se fixara em Roma depois de abdicar de seu trono na Suécia, em 1659. Músicos, poetas, filósofos reuniam-se ao redor dela em seu palácio, e era uma honra ser convidado para suas festas. Cristina fundou a Academia da Arcádia a sociedade musical mais fechada da Itália, onde Corelli seria recebido em 1709. Aos 36 anos, e após a morte de Cristina da Suécia, Corelli passou a trabalhar para o Cardeal Ottoboni, seu maior protetor e grande amigo. Homem liberal e apaixonado pelas artes, Ottoboni possibilitou livre trânsito a seu protegido, fornecendo-lhe o tempo e as condições necessárias para que ele elaborasse suas obras com absoluta tranqüilidade.
Sua fama se expandia e estudantes de música vinham de longe para aprender com ele. Corelli já se firmara como um dos nomes importantes da música instrumental.
Sua fama se expandia e estudantes de música vinham de longe para aprender com ele. Corelli já se firmara como um dos nomes importantes da música instrumental.
Corelli morreu durante a noite de 8 de janeiro de 1713. Estava só. Desolado, o Cardeal Ottoboni mandou embalsamá-lo e colocá-lo em um triplo ataúde, feito de chumbo, de cipreste e de castanheiro, e enterrou-o no panteão de Roma, reservado apenas aos pintores, arquitetos e escultores, membros da Artística Congregazione dei Virtuosi al Pantheon.
Sua Obra
Contrariamente à maioria dos grandes nomes da música barroca, Corelli produziu pouco, abordando apenas poucas formas de expressão musical existente em seu tempo. Jamais escreveu para voz. Sua glória repousa inteiramente em seis coletâneas de música instrumental, todas elas dedicadas aos instrumentos de arco.
As quatro primeiras delas dedica-se aos trios, a quinta é o famoso livro de sonatas para violino solo e baixo e a sexta obra, os doze Concertos Grossos.
A Corelli pertence, entre outros, o mérito de ter favorecido a expansão do concerto grosso e contribuído de modo decisivo para o enobrecimento do violino. Derivado da viola, o violino surgiu em meados do século XIV, sempre relegado às festas populares e à idéia de vagabundagem e ao gosto duvidoso. Timidamente introduzido nos salões do início do século XVII, recebeu depois, com Corelli, brilhante tratamento técnico e conquistou definitivamente a corte.
Alessandro Scarlatti
Mestre de capela da rainha Cristina da Suécia, em Roma, desde 1680, Alessandro Scarlatti transferiu-se para Nápoles em 1685, ano de nascimento de seu filho Domenico Scarllatti, a fim de ocupar o posto de mestre de capela do vice-rei espanhol, a quem estava subordinada a cidade. Depois disso, trabalhou para a corte dos Médici, em Florença, e para o Cardeal Ottoboni, em Roma. Em 1708, regressou a Nápoles, que seria o centro de sua atividade até o fim de seus dias. Fundador da escola operística napolitana e criador de uma linguagem musical que se encontra na base do Classicismo, sua influência foi sentida até por Mozart. Sua vasta produção inclui cerca de 115 óperas, mais de 600 cantatas, serenatas, oratórios, missas, motetos, uma Paixão Segundo São João, peças de câmara, tocatas e diversas peças para cravo, 12 Sinfonias de Concerto Grosso (1715), sonatas e obras teóricas.
Domenico Scarlatti
Giuseppe Domenico Scarlatti nasceu em Nápoles, a 26 de outubro de 1685, exatamente no ano que nasceram Bach e Haendel. Seu pai, Allessandro Scarlatti, então com 25 anos e com seis filhos, já se firmara como compositor fecundo e rapidamente se aproximava da fama como operista.
Desde criança, Domenico conviveu com a música, recebendo lições de seu pai e sofrendo influência de outros membros da família: o tio Francesco era violinista,o tio Tomaso era tenor, a tia Anna Maria era cantora; o tio Niccoló também era músico. Em sua própria geração, seu irmão mais velho, Pietro, tornou-se compositor e a irmã Flamínia era cantora.
Pouco antes de completar dezesseis anos, Mimo (era seu apelido em casa) conseguiu seu primeiro emprego como músico profissional, como organista e compositor na Capela Real de Nápoles.
Quando tinha vinte anos, seu pai o enviou para Veneza, um grande centro cultural, para se aperfeiçoar em seus estudos com o famoso operista e pedagogo Francesco Gasparini, diretor do "Ospedale della Pietá", orfanato e colégio para meninas, onde trabalhava também Antonio Vivaldi, o "Padre Ruivo". Nesta época, escreveu seu tratado "L’Armonico Pratico al Cembalo" (Prática e Harmonia ao Cravo).
Neste mesmo período conheceu o compositor Haendel, contato que durou pouco tempo, mas mantido posteriormente por correspondência, em uma grande amizade.
No final de 1713, por influência do pai - ao que parece - Scarlatti assumiu o posto de diretor musical da Basílica de São Pedro, no Vaticano. Permanecendo até 1719, escreveu muitas missas e algumas óperas, partituras que se perderam na maioria com o tempo.
Da mesma época datam as relações de Domenico com o embaixador de Portugal em Roma, o Marquês de Fontes, que, graças ao ouro do Brasil, mantinha uma corte luxuosa. Com isso, estabeleceram-se as primeiras ligações do compositor com Portugal, o que, alguns anos mais tarde, mudariam completamente os rumos de sua vida e sua arte.
Em 1720 o compositor foi para Portugal, ficando pôr vários anos. Dom João V, o soberano português, mantinha uma das mais ricas cortes de todo o mundo. Amante da pompa e do luxo, Dom João V deu ao compositor todas as condições para que o seu trabalho fosse o mais rico possível. Scarlatti tinha ao seu dispor mais de trinta cantores e tantos outros instrumentistas, a maior parte italianos. Além de ser o diretor musical e compositor da corte, tornou-se professor de cravo da princesa Maria Bárbara de Bragança, uma menina de dez anos. Sob a direção de Scarlatti, pôr sua vez, tornou-se uma hábil intérprete e ligou-se ao compositor pôr toda sua vida. Casando-se com o herdeiro do trono espanhol, em janeiro de 1729, fez absoluta questão de levar Scarlatti para Madri. Scarlatti somente casou-se após a morte de seu pai. A morte de Alessandro causou uma verdadeira revolução na vida do compositor. O pai, músico muito mais famoso que ele, tinha um temperamento dominador, exercendo sobre o filho uma função castradora. Enquanto Alessandro vivia, Domenico dedicou-se ao mesmo tipo de composição do pai, mas nunca conseguiu superá-lo. Após sua morte, Domenico procurou seu caminho, dedicando-se cada vez mais às composições para teclado.
As sonatas compostas em sua "fase virtuosística"contém dificuldades somente superadas com muita maestria técnica. Embora o autor tenha prometido compor peças de fácil interpretação, estas sonatas estão cheias de acrobacias...o seu gosto pôr estas proezas acrobática decorria tanto de seu amor ao instrumento e de sua alegria em tocá-lo, quanto uma nítida tendência exibicionista. É tal sua ânsia neste sentido que, parece que todo o corpo do intérprete é chamado a participar. Os mais fantásticos cruzamentos de mãos são encontrados nestas sonatas. O Scarlatti da maturidade é encontrado a partir de 1752. O compositor mostra-se mais lírico e , até certo ponto, introvertido. Suas peças são temperadas com uma certa doçura e refinamento, e muitas delas são em movimentos mais lentos.
Georg Phillipp Telemann
George Philipp Telemann nasceu em Magdeburgo, a 14 de março de 1681, e foi batizado a 17 do mesmo mês. De formação autodidata como instrumentista e compositor, o jovem teve que lutar para seguir sua carreira de músico, já que sua família se opunha decididamente. Seu pai, Heinrich Telemann, foi diácono e vinha de uma família que, por várias gerações, formara pastores protestantes.
A tradição de sua família obrigava-o a receber uma formação universitária. Telemann foi bom aluno no colégio e, ainda adolescente, era capaz de escrever versos em alemão, latim e francês. A partir dos 10 anos tocava com perfeição flauta, violino e outros instrumentos, mas não conhecia teoria musical. Seu único período de aprendizagem musical coincidiu com os anos em que freqüentou o liceu, onde estudou com Benedict Christiani, compositor de música sacra. Em 1701, a fim de agradar a família, iniciou os estudos de Direito na Universidade de Leipzig, abandonando-os pouco depois. Meses depois de ter se instalado em Leipzig fundou um Collegium Musicum formado por quarenta estudantes. Esta instituição, conhecida pelo nome de Colegium Telemanniano, passou a ser dirigida, a partir de 1729, por Johann Sebastian Bach. Em 1704 foi nomeado organista e mestre de capela da Neue Kirche ou igreja Nova de Leipzig, a capela universitária. Em 1705 entrou para o serviço da corte do conde Erdmann von Promnitz, que residia em Sorau. Telemann escreveu cerca de duzentas aberturas francesas para a capela musical da corte. De Sorau mudou-se, acompanhando a corte, para Pless, Alta Silésia e Cracóvia, onde conheceu a música popular polonesa. No ano de 1706 regressa à Alemanha, mudando-se para a cidade de Eisenach, o centro da música alemã e foi nomeado diretor de concertos e mestre-de-capela pelo duque Johann Wilhelm. Telemann escreveu um grande número de cantatas profanas e obras instrumentais, em especial sonatas a trio, iniciando também a composição de cantatas religiosas.
Em 1712, o compositor trocou o serviço da corte por outras funções artísticas em Frankfurt. Foi contratado para dirigir a música em duas igrejas: a de Barfüsser e a de Santa Catarina. Como secretário da Sociedade Frauenstein, reorganizou o Collegium Musicum de acordo com suas idéias e, no ano seguinte, apresentou numerosas peças instrumentais.
Apesar da magnífica posição que tinha em Frankfurt, Telemann mudou-se para Hamburgo em 1715, mas continuou a enviar para Frankfurt suas obras religiosas até 1757. Segundo a tradição de Hamburgo, o compositor era obrigado a compor todos os anos uma paixão e peças para as datas cívicas e religiosas. Em 1722 começou a dirigir a Ópera de Hamburgo, que estava em crise, e conseguiu animar a vida musical desta cidade, permitindo o acesso de todos os cidadãos ( e não apenas os nobres) aos concertos, mediante o pagamento de uma entrada.
Em 1737 deslocou-se a Paris, onde morou por oito meses, o que representou sua consagração internacional. A partir de 1740, a sua atividade como compositor diminuiu. Morreu em Hamburgo, no dia 25 de junho de 1767, aos 86 anos de idade. É autor de 40 óperas, 12 séries de cantatas para todos os domingos e festas do ano, 46 paixões, 600 aberturas à francesa, inúmeros oratórios e música de câmara.
Henry Purcell
(Londres, Inglaterra 1659 - Londres 1695) Henry Purcell nasceu em um dia indeterminado no ano de 1659, no seio de uma família de músicos. Seu pai, também Henry, foi cantor e professor da abadia de Westminster; seu tio, Thomas, foi músico da corte do rei Carlos II. Logo muito novo, Purcell entrou para o coro da Capela Real, onde começou a estudar composição. Em 1673 foi nomeado conservador dos instrumentos da corte, cargo não remunerado, mas que o ajudou a obter trabalho como copista, afinador e reparador de órgãos. Em 1679, tornou-se um dos organistas da Abadia de Westminster, sucedendo o famoso John Blow. Em 1680, escreveu uma série de fantasias para cordas, uma canção de boas-vindas a Carlos II (Welcome, viceregent of my mighty King) e a música para a tragédia de Nathaniel Lee (Theodosius or The Force of Love). Em 1681, Purcell casou-se e, no ano seguinte foi nomeado organista da Capela Real. A partir deste ano revelou-se um compositor muito requisitado. O ano de 1683 foi muito importante para Purcell: sua primeira série de sonatas a trio foi publicada e o compositor foi nomeado para o cargo de construtor dos órgãos reais. No ano de 1689 escreveu sua única ópera autêntica, Dido e Enéias, representada no Josias Priest's, um colégio de meninas em Chelsea. A partir de 1690, Purcell compôs regularmente obras cênicas com importantes episódios musicais à maneira das mascaradas. As mais importantes são: Diocleciano (1690), O Rei Artur (1691), A Rainha das Fadas (1692) e A Rainha Indiana (1695). Purcell escreveu, durante estes anos, música de acompanhamento para peças teatrais.
Paralelamente ao teatro, o compositor jamais abandonou os outros estilos de composição. Escreveu canções e música sacra, não só para a Capela Real, mas para as datas festivas, como a celebração anual do dia de Santa Cecília (Te Deum and Jubilate, em ré maior - 1694) e a magnífia música fúnebre para a rainha Ana (1695).
Purcell morreu em Londres em 21 de novembro de 1695, no auge da fama e foi enterrado na Abadia de Westminster, perto da galeria do órgão.
É autor de vastíssima obra religiosa, peças de circunstância, coro, hinos, óperas e música de cena. Compôs também odes e cantatas dedicadas aos reis Carlos II e Jaime II, bem como à rainha Maria: Sound the Trumpet (1687); odes à Santa Cecília; música instrumental (Musick's Hand Maid; para cravo, As Lições; para órgão, Voluntaries; para cordas, Fantasias; sonatas a três e quatro partes).
Jean Philippe Rameau
Jean Philippe Rameau nasceu em Dijon, no dia 25 de setembro de 1683. Os estudos musicais foram feitos com o seu pai, Jean, organista de Dijon. Estudou até os 16 anos no colégio jesuíta, onde adquiriu seus conhecimentos gerais. Até os quarenta anos vive uma vida relativamente itinerante: aos 19 anos viaja para a Itália, onde passa a integrar, como violinista, uma trupe de músicos italianos.
Exerceu a atividade de organista em muitas cidades francesas: Avignon, Clermont, Paris, Dijon e Lyon. Os resultados de um conhecimento tecladístico pleno estarão fixados na produção para cravo, iniciada em 1706 e estendendo-se até 1747. Em 1715, quando era organista da catedral de Clermont, redigiu o seu Tratado de Harmonia reduzida a seus principios naturais (1722). Fixou-se em Paris e ali escreveu uma segunda coletânea, Peças para Cravo com um Método (1724), e as Novas suítes para peças para cravo (1728). Estreou como compositor de óperas em 1733 com Hippolyte et Aricie, à qual se sucederam Les indes galantes (1735), Castor et Pollux (1737), Les fêtes d'Hébé (1739), Dardanus (1739), Platée (1745), Zaïs (1748), Pygmalion (1748) e Zoroastre (1749). Durante seus últimos dez anos, trabalhou em suas obras teóricas e compôs mais duas óperas, Les paladins (1760) e Les boréades. Rameau foi um dos grandes compositores de sua época e elevou a ópera francesa ao seu mais alto nível. Em suas obras teóricas, racionalizou a harmonia.
José Antônio Carlos Seixa
Organista, cravista e compositor português. Nasceu no dia 11 de junho de 1704, em Coimbra e faleceu precocemente, aos 38 anos, em Lisboa, no dia 25 de agosto de 1742. Seu pai, Francisco Vaz, organista da Catedral de Coimbra, foi seu primeiro professor.
Ocupou o posto de organista por dois anos, após a morte de seu pai e, graças ao seu talento e grande desenvolvimento musical, ocupou o cargo de organista na Catedral de Lisboa. Carlos Seixas estava com apenas 16 anos.
Em Lisboa tornou-se amigo de Domenico Scarllatti , Mestre de Capela Real, que considerava Carlos Seixas o melhor professor de cravo já visto. Alguns anos depois, o jovem compositor foi nomeado Vice Mestre de Capela Real.
Sua obra é composta, em grande parte, de peças para instrumentos de teclado, chamadas de tocatas ou sonatas. É autor de cerca de 700 tocatas para cravo, das quais somente 105 chegaram até nossos dias. Deixou ainda minuetos e fugas para órgão, clavicórdio e cravo, um concerto para cravo e acompanhamento de cordas, duas aberturas para orquestra e algumas obras religiosas. É considerado o maior compositor português de música para instrumento de teclado.
Veio cedo para o Brasil; formou-se no Colégio da
Bahia, onde foi professor de primeiras letras. Assassinou a mulher em
1594; fugindo à prisão, refugiou-se em Pernambuco, no convento dos
beneditinos, em Olinda.
A redação de Prosopopéia aconteceu durante o
isolamento no convento. Tudo indica que o motivo não era outro senão
o de agradar os poderosos, principalmente Jorge de Albuquerque
Coelho, donatário da Capitania de Pernambuco.
PROSOPOPÉIA
POEMA ÉPICO – Poemeto épico,
em 94 estâncias (o mesmo que estrofe) de oitava-rima (as estrofes de
oito versos têm os dois últimos rimando entre si), em versos
decassílabos (dez sílabas métricas), conforme ensinava Camões, em
Os Lusíadas.
O livro conta os feitos históricos de Jorge de
Albuquerque Coelho, governador de Pernambuco, a quem o autor
pretendia agradar.
A imitação de Os Lusíadas é freqüente, desde
a estrutura até as construções sintáticas. Isto tirou da obra o
valor literário que, porventura, pudesse ter, ficando a fama
histórica de ser o livro inaugurador do Barroco brasileiro.
Considerado o primeiro poema épico de nossa
literatura.
Considerado poema laudatório (que contém
louvor).
Personagens de Prosopopéia:
a) Proteu (narrador). Na mitologia grega, “Proteu”
é deus marinho, capaz de se transformar em animais, em água e em
fogo.
b) Jorge de Albuquerque (herói).
GREGÓRIO DE MATOS
Gregório de Matos
Guerra nasceu em Salvador, Bahia, em 7 de abril de 1636. Faleceu
em Pernambuco, em 1696.
De família
abastada, Gregório estudou com os jesuítas de Salvador. Em 1650,
com 14 anos, embarcou para Portugal (Lisboa), aonde foi com o
propósito de estudar Direito.
Matriculou-se na
Universidade de Coimbra, onde se formou em julho de 1661 e passou
a exercer a magistratura.
Interrompeu a carreira de juiz para voltar ao
Brasil (por volta de 1680). Supõe-se que, nessa altura, já teria
feito conhecer o seu talento de repentista e zombeteiro.
POESIA SATÍRICA – Apesar de
ter exercido funções religiosas e de ter um irmão padre (Eusébio
de Matos), Gregório não perdoa a Igreja Católica baiana: faz
sátiras ferinas contra padres e freiras, chegando mesmo a usar
palavrões em pleno século XVII.
E nos frades há manqueiras?… Freiras… E que
ocupam os serões?… Sermões. Não se ocupam em disputas?… Putas.
Com palavras dissolutas Me concluís, na verdade, Que as lidas todas
de um frade São freiras, sermões e putas.
Veja o que disse o poeta sobre a Sé da Bahia,
órgão central da Igreja Católica no Brasil:
A nossa Sé da Bahia, com ser um mapa de festas, é
um presepe de bestas, se não for estrebaria.
ALEIJADINHO
Aleijadinho
(Antônio Francisco Lisboa) nasceu em Vila Rica no ano de 1730 (não há
registros oficiais sobre esta data). Era filho de uma escrava com um
mestre-de-obras português. Iniciou sua vida artística ainda na infância,
observando o trabalho de seu pai que também era entalhador.
Por
volta de 40 anos de idade, começa a desenvolver uma doença degenerativa nas
articulações. Não se sabe exatamente qual foi a doença, mas provavelmente
pode ter sido hanseníase ou alguma doença reumática. Aos poucos, foi perdendo
os movimentos dos pés e mãos. Pedia a um ajudante para amarrar as ferramentas
em seus punhos para poder esculpir e entalhar. Demonstra um esforço fora do
comum para continuar com sua arte. Mesmo com todas as limitações, continua
trabalhando na construção de igrejas e altares nas cidades de Minas Gerais.
Na
fase anterior a doença, suas obras são marcadas pelo equilíbrio, harmonia e
serenidade. São desta época a Igreja São Francisco de Assis, Igreja
Nossa Senhora das Mercês e Perdões (as duas na cidade de Ouro
Preto).
Profeta Daniel (pedra sabão), Santuário de Bom
Jesus de Matosinhos (Congonhas-MG)
Já
com a doença, Aleijadinho começa a dar um tom mais expressionista às suas
obras de arte. É deste período o conjunto de esculturas Os Passos da Paixão e
Os Doze Profetas, da Igreja de Bom Jesus de Matosinhos, na cidade de Congonhas
do Campo. O trabalho artístico formado por 66 imagens religiosas esculpidas em
madeira e 12 feitas de pedra-sabão, é considerado um dos mais importantes e
representativos do barroco brasileiro.
Carregamento da Cruz
(escultura em madeira), Santuário de Bom Jesus de Matosinhos
(Congonhas-MG)
A
obra de Aleijadinho
A
obra de Aleijadinho mistura diversos estilos do barroco. Em suas esculturas estão
presentes características do rococó e dos estilos clássico e gótico.
Utilizou como material de suas obras de arte, principalmente a pedra-sabão, matéria-prima
brasileira. A madeira também foi utilizada pelo artista.
Morreu
pobre, doente e abandonado na cidade de Ouro Preto no ano de 1814 (ano provável).
O conjunto de sua obra foi reconhecido como importante muitos anos depois.
Atualmente, Aleijadinho é considerado o mais importante artista plástico do
barroco mineiro.
Principais
obras de Aleijadinho:
Talha
-
Retábulo da capela-mor da Igreja de São Francisco em São João del-Rei
-
Retábulo da Igreja de São Francisco de Assis em Ouro Preto
-
Retábulo da Igreja de Nossa Senhora do Carmo em Ouro Preto
Arquitetura
-
Projetos de fachadas de duas igrejas (Igreja de São Francisco em São João
del-Rei e Nossa Senhora do Carmo em Ouro Preto).
Escultura
-
Conjunto de esculturas do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos (incluíndo as
mais conhecidas: "Os Doze Profetas").
Referências:
http://www.suapesquisa.com/aleijadinho/
/home/aluno1/Desktop/biografia dos autores barroco/autores-do-barroco.html
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O
Barroco domina durante todo o século XVII e metade do século XVIII,
até 1768. Na literatura desenvolveu-se na Bahia e nas artes
plásticas (esculturas) em Minas gerais Com as obras do
Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa), e na pintura do Mestre
Ataíde.
BARROCO BRASILEIRO
Movimento artístico e
filosófico que surge com o conflito entre a Reforma Protestante e a
Contra Reforma. Seu objetivo era propagar a religião através de uma
arte de impacto, sinuosa, enfeitada ao extremo.Arte altamente
contraditória. A origem da palavra ?barroco? é obscura,
hipóteses têm sido consideradas mais aceitáveis: ?barroco? era o
adjetivo que designava certas pérolas de superfície irregular e
preço inferior.De qualquer forma há um valor depreciativo na
palavra, que durante muito tempo foi usada para indicar uma arte e
uma literatura?bizarra?, extravagante?
CARACTERÍSTICAS
GERAIS DA LITERATURA BARROCA
O homem dividido entre o
desejo de aproveitar a vida e o de garantir um lugar no céu.
Conflito existencial gerado pelo dilema do homem dividido entre o
prazer pagão e a fé religiosa. Antropocentrismo x Teocentrismo
(homem X Deus, carne X espírito). Detalhismo e rebuscamento- a
extravagância e o exagero nos detalhes. Contradição- é a arte
do contraditório, onde é comum a idéia de opostos: bem X mal,
pecado X perdão, homem X Deus. Linguagem rebuscada e trabalhada
ao extremo, usando muitos recursos estilísticos e figuras de
linguagem e sintaxe, hipérboles, metáforas, antíteses e paradoxos,
para melhor expressarem a comparação entre o prazer passageiro da
vida e a vida eterna. Regido por duas filosofias: Cultismo e
Conceptismo. Cultismo é o jogo de palavras, o uso culto da língua,
predominando inversões sintáticas. Conceptismo são os jogos de
raciocínio e de retórica que visavam melhor explicar o conflito dos
opostos.
PRINCIPAIS REPRESENTANTES DO BARROCO
BRASILEIRO
POESIA
GREGÓRIO DE MATOS GUERRA
nasceu em Salvador, em 1663, estudou em Coimbra, exerceu cargos de
magistratura em Portugal até, 1681, quando voltou definitivamente
para o Brasil, provavelmente fugindo de inimigos angariados por suas
poesias satíricas. Na Bahia, voltou a sofrer perseguições devido a
suas sátiras. Por isso ganhou o apelido de Boca do Inferno ou Boca
de Brasa TEMAS DA POESIA GREGORIANA: POESIA RELIGIOSA: mostra
o autor envolvido pelo sentimento de culpa e de arrependimento,
implorando perdão. POESIA SATÍRICA: mostra a crítica severa de
uma sociedade marcada pela mediocridade e pela desonestidade, nasce
de um sujeito lírico que adota um ponto de vista conservador e
preconceituoso. Seus poemas satíricos renderam-lhe o apelido de Boca
do Inferno. POESIA ERÓTICA: mostra o uso de palavrões e alusões
obscenas, mesmo em textos sutis onde a ambigüidade aparece repleta
de safadeza. A PROSA BARROCA BRASILEIRA PADRE ANTÔNIO
VIEIRA nasceu em Lisboa, em 1608, chegou ao Brasil e se instalou em
Salvador, iniciando seu noviciado na Companhia de Jesus.Efetivou uma
política de defesa dos cristãos ?novos, procurando protegê-los da
Inquisição em Portugal. Sua extensa obra reflete seu
envolvimento nos debates sociais e políticos de Portugal e do Brasil
no século XVII. Os sermões e cartas, além de temas especificamente
religiosos também manifestam questões polêmicas da época como: a
luta pela independência portuguesa,, o confronto com holandeses no
nordeste, a escravidão índia e negra, a defesa dos judeus e
cristãos-novos contra a intolerância da Inquisição. OBRAS:
CARTAS E SERMÕES ? Sermão da Sexagésima , Sermão de Santo Antônio
aos peixes e outros. Sua obra é notável pelo manuseio da
expressão verbal, são textos riquíssimos em imagens, jogos de
significado e conceitos, metáforas, e ricos em recursos
lingüísticos. Para a literatura, sua importância foi
fundamental. Vieira fixou a prosa na língua portuguesa nos mesmos
padrões de realização artística a que Camões fixou a poesia,
transformando-se num clássico da língua. O mais conhecido
sermão de Vieira, o Sermão da Sexagésima é uma conclusão de que
a palavra de Deus vinha obtendo poucos resultados porque os
pregadores estavam mais aplicados em obter efeitos literários do que
moralizantes, o que transformava os sermões em vazios estéticos.
Vieira compara a estrutura do sermão à estrutura de uma árvore
? ?a àrvore da vida?, onde as partes constituintes da àrvore, todas
relacionadas às partes do sermão.(troncos, ramos,folhas, varas,
flores, frutos) numa ordem simetricamente inversa a seguir(frutos,
flores, varas, folhas , ramos e tronco. Lendo-se cuidadosamente
percebe-se o ritmo das frases e a cadência do texto. Era uma peça
para ser exposta oralmente.
O
Barroco marcou história no Brasil e até os dias de hoje encanta
pela sua beleza e detalhes. Historiadores do mundo todo realizam
estudos no Brasil onde há presença do Barroco e se encantam com os
trabalhos desta época.
O mestre
Aleijadinho foi um dos grandes artistas que representaram a arte
barroca no Brasil, sendo ele um dos grandes expoentes deste tipo de
arte que teve início de sua apresentação nos países europeu e
veio para o Brasil influenciado pelos portugueses, mas além de
Aleijadinho vários outros artistas fizeram do Barroco uma presença
constante nas obras brasileiras.
Aleijadinho se
tornou um dos artistas consagrados do Barroco, é reconhecido
internacionalmente e deixou várias obras magníficas. O início do
Barroco no Brasil foi entre os anos de 1720 e 1750 com sua maior
produção de obras entre este período, no qual Bento Teixeira, fez
sua obra Prosopopeia que deu início a este tipo de arte no
território brasileiro e depois dele, vários outros artistas
começaram a usar este gênero artístico para representar suas
habilidades.
Minas
Gerais tem entre seus principais pontos turísticos as cidades onde
se encontra muitas obras do período barroco no Brasil. Estas cidades
recebem turistas não só do Brasil mas de diversos outros países
que veem para conhecer de perto este estilo único. O
estilo rococó que também era parte do Barroco brasileiro
predominava em muitas obras, principalmente em esculturas, que eram
feitas com madeira e pedra-sabão, como um dos símbolos do Barroco
de Minas, os doze profetas que ficam no Santuário do Bom Jesus de
Matosinhos no município de Congonhas do Campo.
A
obra dos 12 profetas é a expressão máxima do barroco no país, foi
feito com uma incrível habilidade e se tornou um marco na história
do barroco no país. Os principais escritores que vivenciaram o
Barroco em suas obras são Gregório de Matos, Bento Teixeira,
Botelho de Oliveira, Frei Itaparica, Padre Antônio Vieira, Sebastião
rocha Pita e Nuno Marques Pereira.
Além
de outros muitos escultores que tiveram no barroco a sua inspiração.
Se inspiraram e deixaram suas obras barrocas que continuam encantando
mesmo após terem se passado tantos anos.
Após o Concílio de Trento, realizado entre os anos de 1545 e 1563 e que teve como consequência uma grande reformulação do Catolicismo, em resposta à Reforma protestante, a disciplina e a autoridade da Igreja de Roma foram restauradas, estabelecendo-se a divisão da cristandade entre protestantes e católicos.
Nos Estados protestantes, onde as condições sociais foram mais favoráveis à liberdade de pensamento, o racionalismo e a curiosidade científica do Renascimento continuaram a se desenvolver. Já nos Estados católicos, sobretudo na Península Ibérica, desenvolveu-se o movimento chamado Contrarreforma, que procurou reprimir todas as tentativas de manifestações culturais ou religiosas contrárias às determinações da Igreja Católica. Nesse período, a Companhia de Jesus passa a dominar quase que inteiramente o ensino, exercendo papel importantíssimo na difusão do pensamento aprovado pelo Concílio de Trento.
O clima geral era de austeridade e repressão. O Tribunal da Inquisição, que se estabelecera em Portugal para julgar casos de heresia, ameaçava cada vez mais a liberdade de pensamento. O complexo contexto sociocultural fez com que o homem tentasse conciliar a glória e os valores humanos despertados pelo Renascimento com as ideias de submissão e pequenez perante Deus e a Igreja. Ao antropocentrismo renascentista (valorização do homem) opôs-se o teocentrismo (Deus como centro de tudo), inspirado nas tradições medievais.
Essa situação contraditória resultou em um movimento artístico que expressava também atitudes contraditórias do artista em face do mundo, da vida, dos sentimentos e de si mesmo; esse movimento recebeu o nome de Barroco. O homem se vê colocado entre o céu e a terra, consciente de sua grandeza mas atormentado pela ideia de pecado e, nesse dilema, busca a salvação de forma angustiada. Os sentimentos se exaltam, as paixões não são mais controladas pela razão, e o desejo de exprimir esses estados de alma vai se realizar por meio de antíteses, paradoxos e interrogações. Essa oscilação que leva o homem do céu ao inferno, que mostra sua dimensão carnal e espiritual, é uma das principais características da literatura barroca. Os escritores barrocos abusam do jogo de palavras (cultismo) e do jogo de ideias ou conceitos (conceptismo).
MOMENTO HISTÓRICO
Lisboa era considerada a capital mundial da pimenta, a agricultura lusa era abandonada. Com a decadência do comércio das especiarias orientais observa-se o declínio da economia portuguesa. Paralelamente, Portugal vive uma crise dinástica: em 1578 D. Sebastião desaparece em Alcácer-Quibir, na África; dois anos depois, Felipe II da Espanha consolida a unificação da Península Ibérica.
A perda da autonomia e o desaparecimento de D. Sebastião originam em Portugal o mito de Sebastianismo (crença segundo qual D. Sebastião voltaria e transformaria Portugal no Quinto Império). O mais ilustre sebastianista foi sem dúvida o Pe. Antônio Vieira, que aproveitou a crença surgida nas "trovas" de um sapateiro chamado Gonçalo Anes Bandarra.
A unificação da Península veio favorecer a luta conduzida pela Companhia de Jesus em nome da Contra-Reforma: o ensino passa a ser quase um monopólio no campo científico-cultural. Enquanto a Europa conhecia um período de efervescência no campo científico, com as pesquisas e descobertas de Francis Bacon, Galileu, Kepler e Newton.
Com o Concílio de Trento (1545-1563), o Cristianismo se divide. De um lado os estados protestantes (seguidores de Lutero – introdutor da Reforma) que propagavam o "espírito científico", o racionalismo clássico, a liberdade de expressão e pensamento. De outro, os redutos católicos (a Contra-Reforma) que seguiam uma mentalidade mais estreita, marcada pela Inquisição (na verdade uma espécie de censura) e pelo teocentrismo medieval.
O quadro brasileiro se completa, no século XVII, com a presença cada vez mais forte dos comerciantes, com as transformações ocorridas no Nordeste em conseqüência das invasões holandesas e, finalmente, com o apogeu e a decadência da cana-de-açúcar.
CARACTERISTICAS
O culto da forma manifesta-se tanto na literatura quanto nas artes plásticas do Barroco. Neste detalhe de um grupo de esculturas de Aleijadinho que representa a Última Ceia, não há lugar para a expressão serena das imagens religiosas; os apóstolos revelam intensa agitação, traduzida nos gestos e olhares que trocam a respeito do que acabaram de ouvir de Cristo.
Algumas características da linguagem barroca merecem especial atenção pela sua peculiaridade e pelo uso que sendo feito de algumas delas em escolas posteriores.
Arte da Contra-Reforma: a ideologia do Barroco é fornecida pela Contra-Reforma. A arte deve ter como objetivo a fém católica.
Conflito espiritual: O homem barroco sente-se dilacerado e angustiado diante da alteração dos valores, dividindo-se entre o mundo espiritual e o mundo material. As figuras que melhor expressam esse estado de alma são a antítese e o paradoxo;
O tema da fugacidade do tempo, da incerteza da vida, é desenvolvido por meio de um jogo de imagens e idéias que se contrapõem, num sistema de oposições: nasce x não dura; luz x noite escura; tristes sombras x formosura; acaba x nascia.
O espírito Barroco é cabalmente expresso no célebre dilema do 3º ato de Hamlet, de Shakespeare: "To be or not to be, that is the question". ("Ser ou não ser, eis a questão...")
Temas contraditórios: Há o gosto pela confrontação violenta de temas opostos; Efemeridade do tempo e carpe diem: O homem barroco tem consciência de que a vida terrena é efêmera, passageira, e por isso, é preciso pensar na salvação espiritual. Mas já que a vida é passageira, sente, ao mesmo tempo, desejo de gozá-la antes que acabe, o que resulta num sentimento contraditório, já que gozar a vida implica pecar, e se há pecado, não há salvação.
"...Gozai, gozai da flor da formosura,
Antes que o frio da madura idade
Tronco deixe despido, o que é verdura..."
"Lembra-te Deus, que és pós para humilha-te,
E como o teu baixel sempre fraqueja,
Nos mares da vaidade, onde peleja,
Te põe a vista a terra, onde salvar-te..."
Podemos notar dois estilos no barroco literário: o Cultismo e o Conceptismo.
A
pintura de temática religiosa é a principal característica da arte
pictórica brasileira, durante sua fase barroca. Trata-se da pintura
encarada, via de regra, como ornamento complementar ao conjunto
arquitetônico, vista como obra monumental e decorativa, mais um
acessório ao trabalho principal, que nesse caso, seria a própria
igreja ou capela. Minas Gerais teve um grande mestre da pintura
religiosa monumental, durante o período barroco, Manuel da Costa
Ataíde (1762-1830) cuja obra revela um excepcional domínio técnico
da perspectiva, numa época em que os pintores não se consideravam e
nem eram considerados como artistas livres, criadores plenamente
conscientes de sua individualidade, pois pertenciam à classe humilde
dos artífices. Seus trabalhos foram realizados principalmente em
forros de igrejas, embora também possam ser encontrados alguns
painéis em sacristias e paredes laterais de igrejas e ainda algumas
poucas pinturas sobre tela. Seus trabalhos podem ser ainda hoje
apreciados na igreja da Ordem Terceira de São Francisco, em Ouro
Preto, na igreja de N. Srª. do Rosário, em Mariana e na igreja de
Santo Antonio, em Santa Bárbara, mas, aquela que, sem dúvida, pode
ser considerada como sendo sua obra-prima, é a N. Srª. da
Porciúncula, no teto da nave da igreja de São Francisco de Assis,
em Ouro Preto.
A arte escultórica do período barroco
brasileiro centraliza-se na imaginária, isto é, na produção de
imagens religiosas representando os santos da Igreja. A demanda de
mercado para esse tipo de trabalho, ficava por conta também das
irmandades religiosas, que adquiriam mediante encomendas, as imagens
de grande e médio porte, para colocação nos altares de suas
igrejas e capelas. Mas também os particulares constituíam uma
parcela significativa de consumidores da Arte Sacra barroca, de
menores proporções, para colocação nos nichos e oratórios
domésticos. Indiscutivelmente, o maior expoente da escultura barroca
mineira, foi Antonio Francisco Lisboa, o "Aleijadinho"
(1738-1814) cuja obra pode ser avaliada, por exemplo, pelo conjunto
dos Doze Profetas, no adro da igreja de Bom Jesus de Matozinhos, em
Congonhas do Campo (Minas Gerais).